As autoridades iranianas anunciaram a prisão de um suposto líder religioso, identificado publicamente como Sheikh Emami al-Hadi, que, na verdade, seria um agente da inteligência israelita. O indivíduo, cujo nome verdadeiro é Shimon Deravi, teria atuado durante mais de 15 anos infiltrado nos círculos religiosos do Irã, fornecendo informações sensíveis ao Mossad, serviço secreto de Israel.
Segundo os serviços de segurança iranianos, Deravi teria passado por rigoroso treinamento em infiltração ideológica e integração religiosa antes de ser enviado ao país. Disfarçado de pregador islâmico, com turbante e aparência condizente com o clero xiita, o espião teria conseguido acesso privilegiado ao seio das instituições religiosas e fornecido ao governo israelita dados considerados estratégicos — incluindo a localização de cientistas e oficiais iranianos, bem como informações sobre a residência do líder supremo.
A revelação surge num momento delicado, marcado pela escalada de tensões entre Irã e Israel, especialmente após a recente guerra de 12 dias entre os dois países. O caso chocou a opinião pública iraniana e causou alarme sobre o grau de penetração das redes de espionagem estrangeiras, sobretudo dentro das estruturas religiosas, consideradas sagradas no contexto da República Islâmica.
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