Feira de emprego em Maputo gera polémica e acusações de uso político

 


O que deveria ser uma oportunidade para jovens moçambicanos encontrarem emprego transformou-se numa polémica. A chamada “feira de emprego”, realizada no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, acabou por ser associada à abertura da VIII Conferência Nacional da Juventude, presidida por Daniel Chapo, primeiro-secretário da Frelimo. Para muitos, o evento acabou por perder o foco inicial, servindo mais como palco político do que como espaço de oportunidades laborais.

Vários participantes afirmam que compareceram ao local com a expectativa de encontrar vagas de trabalho, mas acabaram a assistir a discursos e cerimónias alheias ao seu interesse. A presença massiva de jovens foi vista por alguns como forma de demonstrar apoio político, apesar de estes não estarem ali como protagonistas, mas sim como plateia. As críticas apontam para uma alegada instrumentalização da juventude para reforçar a imagem de figuras políticas.

A situação gerou intenso debate nas redes sociais, onde circulam acusações de que a iniciativa não cumpriu o objetivo anunciado. Para críticos, o episódio representa uma oportunidade perdida de valorizar a juventude e promover o emprego, num contexto em que o desemprego jovem continua a ser um dos maiores desafios do país. Até ao momento, as autoridades organizadoras não se pronunciaram sobre as críticas.

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